sexta-feira, 18 de dezembro de 2009

O ENCANTO E OS BENEFÍCIOS DAS FLORES

Desde os tempos mais remotos o homem descreve sua história baseado em conquistas e vitórias que objetivam a realização pessoal e o bem estar, como conseqüência, tende a contribuir para construção de um mundo mais belo para si e para a humanidade, pleiteando o encontro da felicidade.
No rol das realizações, há aqueles que se dedicaram e dedicam às belíssimas e monumentais obras arquitetônicas, literária, pintura e a música, bem como, no campo do conhecimento tecnológico.
Se observarmos com atenção, veremos que na maioria destes grandes feitos, está presente o encanto e a beleza da flor, atuando como um toque final do belo, manifestando o sentimento de paz, harmonia e realização.
Observamos assim, o quanto é vasto o emprego da flor na vida e na história do ser humano. Percebemos o capricho da natureza, através de verdadeiros jardins naturais, dos campos rasteiros e verdejantes, o alto das florestas que exibem lindos cenários nas mais diferentes cores das flores silvestres, ou através do complemento de uma obra, na qual o autor registra seu toque final.
A flor é como se fosse parte integrante da personalidade e do espírito humano, a flor alegra, embeleza, agrada, harmoniza, eleva o espírito, transmite e fortalece os sentimentos. Seu emprego e beleza são de um valor imensurável.
Há culturas, que além de atribuir à beleza da flor nos momentos convencionais, às utilizam de forma mais sublime, a ponto de marcar a característica de uma nação. Refiro-me a arte do IKEBANA.
Se pensássemos que fazer arranjos florais é coisa de mulher, estaríamos cometendo um erro. O Ikebana (arte japonesa dos arranjos florais) era usada para desenvolver as habilidades de observação, concentração e sensibilidade no manejo de armas pelos guerreiros mais temíveis que já existiram: os samurais.
A arte do Ikebana começou com um costume budista que se originou na Índia e depois foi levado para o Japão. Por lá, tornou-se uma verdadeira arte mística e assumiu as proporções de importância na decoração, na cultura e no modo de vida japonês que trouxeram essa arte até os nossos dias e nossos lares. E pensar que tudo começou numa certa cerimônia do chá por volta do ano 607 D.C., durante uma missão diplomática chinesa.
Oito séculos depois, a arte do Ikebana deixou de ter um cunho especificamente religioso e passou a ser adotada também como forma de decoração e de arte propriamente dita, aproveitando o significado das flores e cores para formar arranjos que pudessem transcrever com sutileza mensagens e ideais. Surgiram então, os grandes mestres que cunharam estilos diferenciados e que escreveram seus nomes na história do Japão e do mundo da ornamentação.
E como esta arte pode ser aplicada nos dias atuais, observem os comentários de trabalhos realizados com grupos em oficinas de entidades assistenciais (matéria de 29/09/2005, Jornal Folha de São Paulo)
"O que precisamos é de uma injeção de flores." A afirmação é de uma das pacientes do projeto Plantando Sonhos, desenvolvido pela psicóloga Cláudia Silvana Cardoso de Azevedo no Instituto de Psiquiatria da UFRJ (Universidade Federal do Rio de Janeiro).
Um trabalho semelhante foi desenvolvido dentro do projeto Cada Doido com Sua Mania, coordenado pela psiquiatra e psicanalista Tânia Mara Prates, professora do departamento de Psicologia da Universidade Federal do Espírito Santo. Em 2002, o projeto desenvolveu uma oficina de jardinagem terapêutica com crianças com transtorno mental grave em um canteiro coletivo dentro da universidade.
No Brasil existem várias escolas de Ikebana, entre elas esta a Academia Sanguetsu da Fundação Mokiti Okada, que realiza periodicamente oficinas de aprimoramento da arte do IKBENA. Um dos eventos foi realizado em 1° de agosto e teve a participação de integrantes de vários estados Brasileiros. Na oportunidade, o presidente da Fundação Mokiti Okada falou sobre a necessidade de se entender a missão da flor de proporcionar alegria às pessoas.
Conhecendo a riqueza do trabalho realizado pela AAMEEP–Associação de Atendimento Multiprofissional e Ensino Especial, que ha anos se empenha e se dedica nas ações assistenciais e multidisciplinares, vejo uma ótima oportunidade de opção para uma oficina de Ikebana aos seus integrantes, tenho certeza que será uma vivência enriquecedora a todos os participantes, que estarão também se beneficiando dos florais.

Consultas site:
http://www.antigonal.com/
http://www.fmo.org.br/

Postado por Aparecido Lopes de Jesus, profissional de Fisioterapia, voluntario na AAMEEP.

segunda-feira, 14 de dezembro de 2009

CRIAR FILHOS COM NECESSIDADES ESPECIAIS

Algumas famílias que tem filhos especiais talvez o ignorem por achar que eles são um caso isolado, ou ficam alimentando pensamentos negativos como: por que isso tinha que acontecer logo comigo ou na minha família. Porém pessoas que pensam dessa forma estão enganadas e não sabem de uma verdade que um terço da população da terra tem alguma forma de retardamento mental. E essa deficiência pode ser causada por vários fatores, como por exemplo: problemas genéticos, lesões no nascimento, infecções cerebrais durante a infância, falta de nutrientes e exposição a drogas, a álcool ou a produtos químicos. Na maioria dos casos, porém, as causas são desconhecidas. Diante dessa situação surgem duas perguntas intrigantes: Como é ser pai ou mãe de uma criança com necessidades especiais? Como esses pais podem ser ajudados? Na verdade o desafio começa quando os pais descobrem que seu filho tem uma deficiência mental, a partir daí o primeiro passo é obter informações sobre a deficiência de seu filho, sobre as ajudas disponíveis como instituições adequadas para eles, e sobre as coisas especificas que você pode fazer para ajudar a criança a se desenvolver o máximo possível, visto que eu Angelita sou uma mãe com um filho especial e ajudo tanto ele quanto outras crianças a terem maior desenvolvimento por participar junto com eles em atividades educativas na AAMEEP, uma instituição onde o objetivo e ajudar essas crianças a terem maior capacidade de aprendizado e desenvolvimento.
Um segundo passo, é os pais terem uma atitude positiva e ficarem tranqüilos por saber que, na maior parte dos casos, a criança não está sofrendo muito pelo contrário a maioria pode se feliz, gostar de companhia, de músicas, de certos esportes, de alimentos gostosos e de amigos. Embora consigam realizar menos coisas e vivam num mundo menos de que as crianças normais, elas em geral sentem-se mais felizes em sua cabana do que as crianças normais em seu castelo. Terceiro passo são os pais terem orgulho do que seus filhos conseguem realizar com muito esforço tanto para os pais como para os filhos, cada tarefa aprendida é como chegar ao topo de uma montanha e ser recompensado com uma bela vista. Além disso, as crianças com deficiência mental não permanecem crianças para sempre se tornam adultos com deficiência mental. Assim, o quarto ponto são os pais ajuda-las a não ser mais dependentes do que o necessário. No entanto, amigos e parentes também podem ajudar, por conversar com a criança especial de modo inteligente e sincero, e elogiar os esforços que os pais estão fazendo, além de participar em atividades junto com eles.
Enfim, os pais não devem esperar ou exigir demais de seus filhos, pois cada criança tem um potencial diferente. Antes tanto pais como amigos e parentes precisam de muita paciência e perseverança para dar a atenção que a criança especial necessita e fazer com que ela se sinta amada e, viva a harmonia em família, feliz.

Postado por ANGELITA, funcionária da AAMEEP e mãe de um filho com necessidades especiais.

Texto extraido do site www.watchtower.org

sexta-feira, 27 de novembro de 2009

Transtorno de Atenção Hiperatividade



Nesta semana estaremos falando da famosa sigla T.D.A.H, que costumar causar dificuldade de atenção, memória, foco e agitação em crianças e adultos.
Chegam até a nossa instituição, muitos pais com á queixa escolar de que seus filhos fazem tudo pela metade, não levando a atividade até o final. Muitas famílias solicitam uma explicação para a desatenção, hiperatividade, agitação e impulsividade. Outros vem até nós com um discurso pronto de que á criança apresenta falta de interesse para os estudos ou porque “herdou a personalidade da mãe ou do pai.”
O que é hiperatividade?
É’ um certo grau de agitação física muito comum entre as crianças.
A criança hiperativa pode ser portadora de T.D.A., porém nem toda a agitação infantil quer dizer que a criança tem o transtorno.
Devemos evitar rótulos que possam levar a discriminação e prejuízos no desenvolvimento da criança.
As crianças e adultos portadores de T.D.A.H., são indivíduos talentosos que deixam de desenvolver toda á sua capacidade, devido aos erros causados pela desatenção. Outro ponto observado são as constantes ações impulsivas que levam a conseqüências indesejadas e agitação mental, que a médio e longo prazo impedem o individuo de descansar de forma adequada, podendo levar a exaustão.
São comuns queixas escolares de desatenção, problemas com memória de curto e longo prazo, falta de organização, dificuldade de levar a tarefa até o final, além de uma impulsividade excessiva, comprometendo assim a vida social e escolar da criança.
Tratamento:
Atualmente existe a combinação de medicação com terapias para estimular a parte afetada do cérebro, diminuindo assim de forma gradativa o uso exclusivo de medicação.
Algumas crianças apresentam o transtorno de atenção sem a hiperatividade. Estas crianças são reconhecidas apenas pela desatenção na escola e apresentam traços de personalidade mais calma e até tímidas. Existe ainda outro grupo que apresenta déficit de atenção e hiperatividade combinados com a impulsividade.
O importante é procurar orientação e não rotular a criança sem avaliação profissional. Os pais e escola devem ficar atentos ao desempenho das crianças em atividades relacionadas a vida acadêmica (escolar) e social do individuo.
A seguir, transcrevemos uma entrevista publicada pela revista Veja, de uma psiquiatra portadora do transtorno de atenção.
Fonte de pesquisa:
Problemas de Aprendizagem (Elisabeth de Assunção José e Maria Teresa Coelho);
O Fracasso Escolar (Maria Tereza Maldonado);
Instituto Paulista de déficit de atenção;t
Revista Veja, setembro de 2009
Postado por Carla Polo – Psicóloga da AAMEEP Osasco, 20/11/2009.Nesta semana estaremos falando da famosa sigla T.D.A.H, que costumar causar dificuldade de atenção, memória, foco e agitação em crianças e adultos.
Chegam até a nossa instituição, muitos pais com á queixa escolar de que seus filhos fazem tudo pela metade, não levando a atividade até o final. Muitas famílias solicitam uma explicação para a desatenção, hiperatividade, agitação e impulsividade. Outros vem até nós com um discurso pronto de que á criança apresenta falta de interesse para os estudos ou porque “herdou a personalidade da mãe ou do pai.”
O que é hiperatividade?
É’ um certo grau de agitação física muito comum entre as crianças.
A criança hiperativa pode ser portadora de T.D.A., porém nem toda a agitação infantil quer dizer que a criança tem o transtorno.
Devemos evitar rótulos que possam levar a discriminação e prejuízos no desenvolvimento da criança.
As crianças e adultos portadores de T.D.A.H., são indivíduos talentosos que deixam de desenvolver toda á sua capacidade, devido aos erros causados pela desatenção. Outro ponto observado são as constantes ações impulsivas que levam a conseqüências indesejadas e agitação mental, que a médio e longo prazo impedem o individuo de descansar de forma adequada, podendo levar a exaustão.
São comuns queixas escolares de desatenção, problemas com memória de curto e longo prazo, falta de organização, dificuldade de levar a tarefa até o final, além de uma impulsividade excessiva, comprometendo assim a vida social e escolar da criança.
Tratamento:
Atualmente existe a combinação de medicação com terapias para estimular a parte afetada do cérebro, diminuindo assim de forma gradativa o uso exclusivo de medicação.
Algumas crianças apresentam o transtorno de atenção sem a hiperatividade. Estas crianças são reconhecidas apenas pela desatenção na escola e apresentam traços de personalidade mais calma e até tímidas. Existe ainda outro grupo que apresenta déficit de atenção e hiperatividade combinados com a impulsividade.
O importante é procurar orientação e não rotular a criança sem avaliação profissional. Os pais e escola devem ficar atentos ao desempenho das crianças em atividades relacionadas a vida acadêmica (escolar) e social do individuo.
A seguir, transcrevemos uma entrevista publicada pela revista Veja, de uma psiquiatra portadora do transtorno de atenção.

Fonte de pesquisa:
Problemas de Aprendizagem (Elisabeth de Assunção José e Maria Teresa Coelho);
O Fracasso Escolar (Maria Tereza Maldonado);
Instituto Paulista de déficit de atenção;
Revista Veja, setembro de 2009
Postado por Carla Polo – Psicóloga da AAMEEP Osasco.

sexta-feira, 20 de novembro de 2009

HEITOR VILLA LOBOS


Ola Pessoal,

Hoje, quero falar um pouco sobre Heitor Villa Lobos , um compositor brasileiro, o qual aprendi a gostar e admirar.
Vou falar sobre ele, pois, no dia 17/11 ele fez Aniversário de morte.
· Na oficina estudamos sobre sua vida, ouvimos suas composições e a que mais gostamos foi O trenzinho do Caipira; fizemos várias atividades ouvindo essa música. Vimos um DVD que nossa professora de música trouxe: intitulado O Aprendiz de Maestro – Operilda na ciranda de Villa Lobos;
· Ouvir Villa Lobos é aprender a amar o Brasil! E o exercício de ouvirmos a boa música que desperta em nós os bons sentimentos.

Retirei sua biografia da UOL educação e espero que todos gostem:



Heitor Villa-Lobos se tornou conhecido como um revolucionário que provocava um rompimento com a música acadêmica no Brasil. As viagens que fez pelo interior do país influenciaram suas composições. Entre elas, destacam-se: "Cair da Tarde", "Evocação", "Miudinho", "Remeiro do São Francisco", "Canção de Amor", "Melodia Sentimental", "Quadrilha", "Xangô", "Bachianas Brasileiras", "O Canto do Uirapuru", "Trenzinho Caipira".Em 1903, Villa-Lobos terminou os estudos básicos no Mosteiro de São Bento. Costumava juntar-se aos grupos de choro, tocando violão em festas e em serenatas. Conheceu músicos famosos como Catulo da Paixão Cearense, Ernesto Nazareth, Anacleto de Medeiros e João Pernambuco.No período de 1905 a 1912, Villa-Lobos realizou suas famosas viagens pelo norte e nordeste do país. Ficou impressionado com os instrumentos musicais, as cantigas de roda e os repentistas. Suas experiências resultaram, mais tarde, em "O Guia Prático", uma coletânea de canções folclóricas destinadas à educação musical nas escolas.Em 1915, Villa-Lobos realizou o primeiro concerto com suas composições. Nessa época, já havia composto suas primeiras peças para violão "Suíte Popular Brasileira", peças para música de câmara, sinfonias e os bailados "Amazonas" e "Uirapuru". A crítica considerava seus concertos modernos demais. Mas à medida que se apresentava no Rio e São Paulo, ganhava notoriedade.Em 1919, apresentou-se em Buenos Aires, com o Quarteto de Cordas no 2. Na semana da Arte Moderna de 1922, o aceitou participar dos três espetáculos no Teatro Municpal de São Paulo, apresentando, entre outras obras, "Danças Características Africanas" e "Impressões da Vida Mundana".Em 30 de junho de 1923, Villa-Lobos viajou para Paris financiado pelos amigos e pelos irmãos Guinle. Com o apoio do pianista Arthur Rubinstein e da soprano Vera Janacópulus, Villa-Lobos foi apresentado ao meio artístico parisiense e suas apresentações fizeram sucesso.Retornou ao Brasil em final de 1924. Em 1927, voltou à Paris com sua esposa Lucília Guimarães, para fazer novos concertos e iniciar negociações com o editor Max Eschig. Três anos depois, voltou ao Brasil para realizar um concerto em São Paulo. Acabou por apresentar seu plano de Educação Musical à Secretaria de Educação do Estado de São Paulo.Em 1931, o maestro organizou uma concentração orfeônica chamada "Exortação Cívica", com 12 mil vozes. Após dois anos assumiu a direção da Superintendência de Educação Musical e Artística. A partir de então, a maioria de suas composições se voltou para a educação musical. Em 1932, o presidente Vargas tornou obrigatório o ensino de canto nas escolas e criou o Curso de Pedagogia de Música e Canto. Em 1933, foi organizada a Orquestra Villa-Lobos.Villa-Lobos apresentou seu plano educacional, em 1936, em Praga e depois em Berlim, Paris e Barcelona. Escreveu à sua esposa Lucília pedindo a separação, e assumiu seu romance com Arminda Neves de Almeida, que se tornou sua companheira. De volta ao Brasil, regeu a ópera "Colombo" no Centenário de Carlos Gomes e compôs o "Ciclo Brasileiro" e o "Descobrimento do Brasil" para o filme do mesmo nome produzido por Humberto Mauro, a pedido de Getúlio Vargas.Em 1942, quando o maestro Leopold Stokowski e a The American Youth Orchestra foram designados pelo presidente Roosevelt para visitar o Brasil O maestro Stokowski realizou concertos no Rio de Janeiro e solicitou a Villa-Lobos que selecionasse os melhores músicos e sambistas, a fim de gravar a Coleção Brazilian Native Music. Villa-Lobos reuniu Pixinguinha, Donga, João da Baiana, Cartola e outros, que sob sua batuta realizaram apresentações e gravaram a coletânea de discos, pela Columbia Records.Em 1944/45, Villa-Lobos viajou aos Estados Unidos para reger as orquestras de Boston e de Nova York, onde foi homenageado. Em 1945 fundou a Academia Brasileira de Música. Dois anos antes de sua morte, o maestro compôs "Floresta do Amazonas"para a trilha de um filme da Metro Goldwyn Mayer. Realizou concertos em Roma, Lisboa, Paris, Israel, além de marcar importante presença no cenário musical latino-americano.Praticamente residindo nos EUA entre 1957 e 1959, Villa-Lobos retornou ao Brasil para as comemorações do aniversário do Teatro Municipal do Rio de Janeiro. Com a saúde abalada, foi internado para tratamento e veio a falecer em 17 de novembro de 1959.
Texto postado por Maria de Fátima Calandro Mendes coordenadora da Oficina de Capacitação da AAMEEP

terça-feira, 17 de novembro de 2009

SUGESTÕES PARA O PROFESSOR TRABALHAR COM ALUNOS DISLÉXICOS, COM DIFICULDADES DE APRENDIZAGEM, PORTADORES DE DEFICIÊNCIA MENTAL E COM TDAH


· Ensino por etapas cumulativas e repetitivas
· Leitura e método motivados por associação
· Atividades variadas e com demonstração pratica
· Repetir os mesmos conceitos em circunstâncias diferentes
· Ensino multisensorial: ouvir, ver, falar, desenhar, escrever, processando do mais simples para o complexo, regularmente retornando ao que foi ensinado.
· Instruções curtas, simples e pronunciar devagar.
· Não dar muito exercício de linguagem (cansa com facilidade)
· Não corrigir a todo o momento (não aceita, emburra, pára)
· Ensina-los a fazer auto correção lentamente, usando o dedo indicador abaixo da palavra para a leitura (perceber melhor os erros).
· Desenvolver prazer e não tédio e medo
· Avaliações devem ser: em letra maior, bem sintetizar, em 2 ou 3 etapas
· Precisam de organização e de limites (estes colocados previamente e com clareza)
· As regras principais devem ser escritas, para serem lidas com facilidade.
· Dar oportunidade para que a criança fale sobre algo relacionado à aula
· Deixar o aluno sentado na cadeira mais próxima ao professor
· Avisar previamente sobre modificações
· Anote o plano de aula em um canto do quadro.
· Reforço positivo, com freqüência, até pelos mínimos avanços.
· Fale e escreva a mesma informação
· Comentário prévio sobre o que vai falar e depois comente sobre o que falou
· Integrar a criança às outras classes
· Explore a criatividade da criança e procure descobrir o seu potencial
· Restaurar a auto confiança do aluno, eliminando o rotulo de “mau aluno”.
· Evite submeter o aluno à pressão de tempo ou competição com os outros
· Criticas de forma construtiva, mostrando as razoes do erro, as maneiras de evitá-lo e como superar.

Postado por Terezinha de Jesus Camilo, Psicopedagoga e vice-presidente da AAMEEP.

segunda-feira, 9 de novembro de 2009

Ser adolescente é normal

A adolescência é uma fase evolutiva na vida do ser humano onde se busca uma nova forma de visão de si e do mundo; uma reedição de todo desenvolvimento infantil visando definir o caráter social, sexual, ideológico e vocacional.Esse processo evolutivo ocorre dentro de um tempo individual e de forma pessoal em que o adolescente se vê envolvido com as manifestações de seus impulsos intuitivos exteriorizados através de suas condutas nem sempre aceitas como normais pela sociedade.Podemos dizer que adolescência é sinônimo de crise, pois o adolescente, em busca de identidade adulta, passa para o período “turbulento”.
A esta crise, provocada pela ampla e profunda desestruturação em todos os níveis da personalidade, segue-se um processo de reestruturação, passando por ocasiões nas formas de exprimir-se ao longo dos anos.o eixo central dessa reestruturação é o processo de elaboração dos lutos gerados pelas três perdas fundamentais desse período evolutivo:
1. Perda do corpo infantil: Nessa fase, o adolescente vive com muita ansiedade as transformações corporais ocorridas a partir da puberdade, as quais exigem dele uma reformulação de seus mundos interno e externo. Muitas vezes, as restrições familiares e sociais para controlar esses impulsos, ameaçam tanto o seu desenvolvimento que chega a causar retardo em seu crescimento e no aparecimento natural das funções sexuais próprias dessa fase.
2. Perda dos pais da infância:Os pais, antes idealizados e supervalorizados, passam a ser alvo de críticas e questionamentos. Dessa forma, o adolescente busca figuras de identificação fora do âmbito familiar.Nesta fase, se caracteriza a dependência/independência dos filhos em relação aos pais e vice-versa; é o momento em que o adolescente busca substituir muitos aspectos da sua identidade familiar por outra mais individual.
3. Perda da identidade e do papel sócio-familiar infantil:Da relação de dependência natural do convívio da criança com os pais, segue-se uma confusão de papéis, pois o adolescente, não sendo mais criança e não sendo ainda um adulto, tem dificuldades em se definir nas diversas situações de sua cultura.No caminho para a sua independência, sentindo-se ora inseguro, ora temeroso, busca o apoio do grupo, que tem importante função, pois facilita o distanciamento dos pais permitindo novas identificações.Para atingir a fase adulta, o adolescente deverá fazer uma síntese de todas essas identificações desde a infância.Essa perdas se elaboram realizando-se verdadeiros processos de luto, psicanaliticamente falando.O adolescente exterioriza os seus conflitos e formas de elaboração de acordo com as suas possibilidades e as do seu meio, com as suas experiências psico-físicas, ocorrendo o que chamamos de “patologia normal da adolescência”.Para se compreender e lidar com adolescentes é fundamental que se conheça essa aparente “patologia”, chamada “Síndrome da Adolescência Normal”, com as seguintes características:1. busca de si mesmo e da identidade adulta2. tendência grupal
3. necessidade de intelectualizar e fantasiar
4. crises religiosas
5. deslocação temporal
6. evolução sexual
7. atitudes sociais reivindicatórias
8. contradições sucessivas em todas as manifestações de conduta
9. separação progressiva dos pais
10. constantes flutuações do humor e do estado de ânimoO desconhecimento das mudanças que ocorrem no processo adolescer (1. atingir a adolescência; tornar-se adolescente. 2. Crescer; desenvolver-se. 3. Rejuvenescer, remoçar, juvenecer. (Novo Dicionário Básico da Língua Portuguesa – Folha/Aurélio), implicará em dificuldades na relação do adolescente com a família, professores e profissionais, gerando situações de conflito.Observamos que os adolescentes assim como os seus familiares estão, na maioria das vezes, desinformados sobre as mudanças que ocorrem nesta fase, gerando, na maioria das vezes, conflitos na relação e dificuldades na convivência.Cabe aos profissionais da área da Saúde preencher essas lacunas com informação, orientação e, sobretudo, acolhimento.“Amadurecer é um ato complicado...

Perceber a hora de mudar é ainda mais difícil, mas não tanto se encontramos uma certa figura capaz de abrir nossos olhos e mostrar que as possibilidades de vida são ilimitadas...”(encontrado no diário de uma menina de 12 anos)

Postado pela Psicologa da entidade, Samantha Goeldi.

segunda-feira, 26 de outubro de 2009

A felicidade Mútua



As mães que criam sozinhas seus filhos e as crianças que crescem sem a figura paterna, podem de igual maneira alcançar a felicidade assim como as famílias normalmente constituídas. Porém, isto requer um trabalho de desenvolvimento pessoal consciente e constante por parte das mães, essas que devem estar permanentemente se interrogando a respeito da educação de seus filhos.

Muitas mães os vêem como extensão delas mesmas, portanto, acabam exigindo que cumpram com as suas expectativas e, por outro lado, não conseguem colocar limites nem fazê-los respeitar normas, por querer desta maneira compensar a ausência do pai.

É muito bom que as mães tenham grupos de amigas e amigos que levem adiante alguma outra atividade à parte de seu trabalho e que sempre estejam rodeadas de outras mães, para assim comparar o desenvolvimento de seu filho em relação aos dos outros. Deste modo, podem prevenir-se de transformar-se - produto da pressão e da solidão - em mães superprotetoras, onipotentes e asfixiantes, e alcançar, tanto elas como seus filhos, a felicidade para ambos.

Fonte: Artigo publicado na Revista espanhola "Padres OK" de setembro de 2002. Tradução de Carlos Casagrande.

Postado por Joana Alves, funcionaria da AAMEEP há 15 anos.

sexta-feira, 16 de outubro de 2009

Aniversariantes do bimestre!!!

Hoje foi comemorado a festa os aniversariante da nossa oficina do periodo da manhã e da tarde com deliciosos salgadinhos e um lindo bolo!!!
Parabéns galerinha e muitos anos de vida!!!!!















Envelhecer


A Organização Mundial da Saúde classifica cronologicamente como idosa a pessoa com mais de 65 anos de idade em países desenvolvidos e com mais de 60 anos de idade em países em desenvolvimento.
Conforme o IBGE, hoje no Brasil, os idosos são 14,5 milhões de pessoas sendo 8,6 da população total do país.
O envelhecimento da população brasileira é reflexo do aumento da expectativa de vida, que ocorre devido ao avanço no campo da saúde e a redução na taxa de natalidade.
A população brasileira vive hoje em média 68 anos, dois anos a mais do que no início da década de 90. Estima-se que em 2020 a população com mais de 60 anos deva chegar a 30 milhões de pessoas, 13% do total, sendo 70 anos a perspectiva de vida.
Ao nos deparar com nosso próprio envelhecer tomamos consciência de nossa finitude.
O que significa envelhecer?
Biologicamente, as mudanças corporais são visíveis (cabelos, pele, ossos, etc).
No que diz respeito aos processos psíquicos, observamos que há uma crise sendo vivenciada.
Bianchi (1993), diz que o aparelho psíquico foi concebido como aquele que tem, entre outras funções a de criar sentido para a vida, manter a continuidade desse sentido criando também interesse e prazer na vida do ser humano. Tais requisitos só podem ser conseguidos na atividade relacional e mais, se tiver sentido. Segundo Bianchi, o envelhecimento psíquico se dá por fenômenos psicoenergéticos ligados à ausência de estímulos, de interesses, de trocas, de circulação libidinal.
Nossa sociedade exclui o velho, não lhe atribui funções, nem os ajuda a tornar sua vida mais significativa. Além disso, diminui cada vez mais as possibilidades de troca relacional, já que os amigos e cônjuges vão morrendo, os filhos vão embora para suas vidas e o trabalho é substituído pela aposentadoria. Esse quadro pode ser o pano de fundo para atitudes regressivas, idealização do passado e da infância, sentimento de frustração e perda das faculdades de sublimação.
O idoso é aquele que não se crê mais imortal e para quem a morte não é mais distante e sim próxima e real. Quando adolescentes somos “deuses”, podemos tudo, nenhum mal nos acontece mas, na velhice a prova da realidade se impõe e a morte se avizinha lançando uma crise em qualquer espírito por mais forte que esteja.
Segundo a psicologia social o que pensamos sobre a realidade é sempre uma construção mental subjetiva influenciada pela construção de uma representação dessa mesma realidade feita pela cultura em que o indivíduo vive.
A partir disso, questiono as representações negativas a cerca do idoso, como por exemplo: “são mal-humorados, prepotentes, desesperançados, melancólicos e por aí vai.
Ter conhecimento dessas representações podem nos ajudar a levar em conta a singularidade de cada indivíduo, ou seja, no processo de envelhecimento está inserida a história de vida de cada um, suas experiências nos relacionamentos e suas relações infantis. Essas peculiaridades contribuem para a existência de diferentes nuanças e intensidades de velhices que dependem do meio cultural, da realidade social e da estrutura psíquica de cada sujeito.


Referências Bibliográficas:
Bianchi, H (1993). O eu e o tempo. São Paulo, Ed. Casa do Psicólogo.
Site: www.ibge.gov.br/.


Postado pela Psicológa da instituição, Mari Santos .

sexta-feira, 9 de outubro de 2009

As imagens e símbolos nos brinquedos e nas artes

As imagens se concretizam através de formas e cores que se combinam num espaço bi ou tri dimensional, seja este espaço concreto ou virtual. Os produtos portadores de imagem real ou virtual oferecem a possibilidade de fazer relações em distintos níveis, seja na propaganda, nas artes ou nos brinquedos.
Portanto, conceber brinquedo é produzir imagens com significado. O significado maior da imagem do brinquedo está no seu valor simbólico. Logo, o valor simbólico constitui o elemento mais significativo do brinquedo na perspectiva da imagem e seu poder de estabelecer a proximidade e simpatia da criança em relação ao objeto tridimensional.
A Barbie é a boneca mais conhecida no mundo e ela passa uma imagem com códigos bem definidos que desconhecem as fronteiras culturais. É um comportamento universal que a criança incorpora e tenta reproduzir. Já a boneca de pano é diferente, ela produz uma imagem personalizada, mesmo quando produzida em série sempre apresenta diferenças. Não é identificada por um nome, portanto, não gera uma indústria de acessórios ao seu redor e não socializa comportamentos definidos. Sua identidade é constituída pela imaginação da criança.
Ao aprender a ler as imagens e decodificar a força que sua sedução provoca, principalmente nas crianças, os pais e educadores poderão assustar-se, pois há uma avalanche de imagens à procura de consumidores, veiculadas a partir da Internet, televisão, das artes plásticas e dos brinquedos. As pessoas não são preparadas para decodificá-las e usá-las em prol de uma aprendizagem reflexiva.
A experimentação, a criação, a atividade lúdica e imaginativa que sempre estão presentes nas brincadeiras, no brinquedo e no jogo são também os elementos básicos das aulas de arte. Assim, o jogo e o brinquedo nos programas de arte são importantes. O ato de brincar com a criança é dotado de ritmo e harmonia e estes elementos pertencem à percepção estética. Não é difícil, então, compreender os laços teóricos e práticos que unem jogo e beleza e, portanto, jogo e arte.
Neste sentido, os pais e educadores não deveriam comprar brinquedos pela aparência, pela mídia ou pelo preço, mas ler as informações da embalagem e conferir o conteúdo antes.
(Santa Marli Pires dos Santos)
Ed. Vozes

Postado pela Professora de Música da AAMEEP, Maria Olivia.

quinta-feira, 1 de outubro de 2009

AMAMENTAÇÃO E SUA INFLUÊNCIA NA QUALIDADE DE VIDA

A IMPORTÂCIA DO ALEITAMENTO MATERNO.

O aleitamento materno contem anticorpos e substancias nutritivas que protegeram o bebê até o seu sitema imunológico esteja formado.
Quando o bebê mama no peito da mãe, ele exita os musculos da face e a língua, promovendo um desenvolvimento favorável na fala e deglutição.

AMAMENTAÇÃO X MAMADEIRA E CHUPETA

O uso de chupetas e mamadeiras podem causar inúmeros danos quando utilizadas freqüentemente ou de forma inadequada.
Porém, quando por algum motivo a mãe se vê impedida de amamentar, a melhor opção é o uso de mamadeira e chupeta com bicos ortodônticos que facilitam um melhor posicionamento da ponta da língua ao engolir.
A mãe deve estar atenta com o tamanho do furo realizado no bico da mamadeira, pois quando o tamanho desse furo é aumentado o bebê não faz o esforço necessário para sugar. Conseqüentemente, acaba por não estimular a musculatura facial e, futuramente, adquire alterações nas arcadas dentárias deglutição e fala

CHUPETA X SUCÇÃO DE DEDO
A sucção está presente desde o nascimento e servirá de treinamento para a alimentação e mastigação. Sua importância não está relacionada somente com a nutrição, mas também com a satisfação psicoemocional.
Desta forma, quando o bebê não se satisfaz apenas com o aleitamento materno ele passará a sugar o dedo. Neste caso, a chupeta deverá ser oferecida sem exageros como prevenção nas alterações da arcada dentária.
CONHEÇA A POSIÇÃO CORRETA PARA AMAMENTAR SEU BEBÊ

É importante colocar a criança numa posição inclinada ou sentada para tomar mamadeira ou ser amamentada, evitando a posição deitada, a fim de impedir que o leite passe da garganta para os ouvidos através de tuba auditiva, canal este que estabelece contato entre eles.
Na criança, essa tuba é menor e mais retificada em relação ao do adulto, por isso se amamentada numa posição deitada o leite vai facilmente para a parte interna do ouvido, acumulando-se e favorecendo o crescimento de bactérias que irão provocar infecções de ouvido.
Com esses cuidados, evita-se infecções e a aspiração do leite o que pode provocar problemas respiratórios.

BENEFÍCIOS DO ALEITAMENTE MATERNO
O aleitamento materno é a melhor forma de prevenir:
- doenças do aparelho respiratório (amigdalite e alergias);
- respiração pela boca;
- alterações na arcada dentária;
- dificuldades na fala;
- alteração na forma correta de engolir


Em caso de dúvidas consulte seu
pediatra, odontólogo ou fonoaudiólogo para maiores esclarecimentos.

Postado pela Fonoaudióloga da AAMEEP, Luciana Midori Kano Obi.

quarta-feira, 23 de setembro de 2009

Primeiro Emprego / Estágio

Decidi postar sobre esse tema por ter sido a AAMEEP o meu primeiro local de trabalho e indicar também as pessoas alguns locais e programas que são desenvolvidos pelo governo e por instituições particulares que tem o intuito de ajudar e proporcionar certa independência e responsabilidade aos nossos adolescentes e jovens, pois o desemprego é frequentemente apontado como um dos principais problemas do país. Entre os jovens de 16 à 24 anos, este problema é ainda maior, já que é muito difícil conseguir um trabalho sem nenhuma experiência anterior.
Pensando nesta dificuldade, diferentes instâncias de governo criaram programas que buscam incentivar as empresas a oferecerem a primeira experiência de trabalho para jovens que ainda não conseguiram ingressar no mercado de trabalho:


Outra opção interessante para o primeiro contato com o mercado de trabalho é fazer um estágio remunerado.
Veja aqui uma série de lugares onde é possível fazer cadastro gratuito para concorrer à vagas de estágio, tanto em instituições públicas, quanto em empresas privadas:

JUCO- Juventude Cívica de Osasco;
Programas de Estágio da Prefeitura;
Programa de Estágios da FUNDAP (seleciona estagiários para o Governo do Estado de São Paulo e também para órgãos não-governamentais);
CIEE - Centro de Integração Empresa Escola;
NUBE - Núcleo Brasileiro de Estágios;
ISBET - Recrutamento para estágios;
Fundação Mendes - Recrutamento para Estágios.
Além destes programas você também pode se informar sobre contrato de trabalho na condição de aprendiz.


Fonte: Guia de Direitos.org

Postado por Amanda Galvão- Ex- estagiaria da Juco e funcionária da AAMEEP.

quinta-feira, 17 de setembro de 2009

A ESCOLA DOS BICHOS


Conta-se que vários bichos decidiram fundar uma escola. Para isso reuniram-se e começaram a escolher as disciplinas. O Pássaro insistiu para que houvesse aulas de vôo. O Esquilo achou que a subida perpendicular em árvores era fundamental. E o Coelho queria de qualquer jeito que a corrida fosse incluída. E assim foi feito, incluíram tudo, mas...cometeram um grande erro. Insistiram para que todos os bichos praticassem todos os cursos oferecidos. O Coelho foi magnífico na corrida, ninguém corria como ele. Mas queriam ensiná-lo a voar.Colocaram-no numa árvore e disseram: "Voa,Coelho". Ele saltou lá de cima e "pluft"...coitadinho! Quebrou as pernas. O Coelho não aprendeu a voar e acabou sem poder correr também. O Pássaro voava como nenhum outro, mas o obrigaram a cavar buracos como uma topeira.Quebrou o bico e as asas, e depois não conseguia voar tão bem, e nem mais cavar buracos.
SABE DE UMA COISA?
Todos nós somos diferentes uns dos outros e cada um tem uma ou mais qualidades próprias dadas por DEUS. Não podemos exigir ou forçar para que as outras pessoas sejam parecidas conosco ou tenham nossas qualidades. Se assim agirmos, acabaremos fazendo com que elas sofram, e no final, elas poderão não ser o que queríamos que fossem e ainda pior, elas poderão não mais fazer o que faziam bem feito.

Todos as pessoas que lêem este texto deveriam aprender a respeitar as diferenças e amar as pessoas como elas são.


Texto extraído da Internet. Autora Rosana Rizzuti.


Postado por Ana Paula - Assistente Administrativa da AAMEEP

quarta-feira, 16 de setembro de 2009

Bazar da Primavera

Esta semana estamos realizando em nossa entidade o Bazar da Primavera, com lindos artigos confeccionados pela Oficina de Capacitação.


Você que nos acompanha venha nos prestigiar!!!















quinta-feira, 10 de setembro de 2009

Por que são especiais?


É a alegria da casa, faz os membros de sua familia darem risadas e demonstram muito amor e carinho por elas. No entanto, nem todos pensam assim. Acham que só causam stress, confusão ou que só dão trabalho para seus familiares. Sabe de quem estamos falando?
Estamos falando das crianças que tem algum problema de distúrbio mental. Alguns acham que elas são especiais para sua própria família e que é um privilégio te-las por perto. Porém outros já acham que elas são um fardo.
Mas essas crianças são realmente muito especiais, porque elas são sinceras e tem um amor real e muito grande por aqueles que cuidam delas com amor e carinho. Apesar de que não podemos negar o fato de que elas realmente dão mais trabalho para educar e ensinar, do que crianças que não tem nenhum problema. Só que isso não é motivo para muitos pais abandonarem ou rejeitarem essas crianças, por que isso não ajuda em nada, ao contrário piora as coisas.
É necessário que os pais não exijam muito delas e nem enfatizem demais suas limitações. Antes, eles devem procurar ser realistas diante de suas expectativas e não tolerarem atitudes erradas. Além disso, é vital a comunicação, respeito aos sentimentos e pensamentos da criança sem condená-la. É importante esforçar-se em manter a calma. Os pais e a criança se beneficiarão se simplesmente mostrarem que se importam com ela e o fizerem de maneira constante.
Se os pais demonstrarem que as amam e as respeitam, essas crianças serão sempre uma companhia. Bem diferente de crianças que são aparentemente normais. As vezes dão mais trabalho e não reconhecem o amor que os pais têm por elas e lhes causam desgosto.
Ter filhos que tem algum problema mental não é o fim do mundo e, com amor e consciência de que eles não têm culpa, irá ajudar no seu desenvolvimento, de acordo com a capacidade de cada um, amenizando assim as suas dificuldades.


Depoimento de Angelita, funcionária e mãe de paciente da AAMEEP.

segunda-feira, 31 de agosto de 2009

DISLEXIA


Escolhi o tema Dislexia para abordar porque percebo que no dia a dia, pais, professores e educadores muitas vezes confundem dificuldade de aprendizagem com dislexia.

O que significa dislexia?
Dislexia é um transtorno de aprendizagem caracterizado por dificuldade para escrever e compreender a escrita.
Os sinais mais comuns, segundo a Associação Brasileira de Dislexia (A.B.D.) são:
- A criança demora a aprender falar, fazer laço nos sapatos, reconhecer horas, chutar bola e pular corda;
- Apresenta dificuldade para escrever números e letras corretamente;
- Tem dificuldade para ordenar letras do alfabeto, meses do ano e sílabas;
- Confunde-se em distinguir esquerda e direita;
- Necessita de algo concreto para executar cálculos, ou seja, utilizar canetas, dedos e borracha;
- A compreensão da leitura é lenta se comparada com sua idade cronológica;
- Demonstra baixa autoestima;
- Apresenta dificuldade para planejar e fazer redações.
Os pais e educadores só percebem a dificuldade da criança quando se inicia a alfabetização, porque até esta idade os sinais são sutis, passando quase despercebidos.
Retomando o conceito, dislexia é um distúrbio específico do indivíduo em lidar com números e letras.
Em geral, a criança com dislexia desenvolve outros sintomas paralelos, justamente pela dificuldade de lidar com suas limitações. A criança pode manifestar dores de cabeça e abdominais ou algum transtorno de comportamento, o que acaba por camuflar o problema.
Por ser um transtorno que leva muitas vezes ao fracasso escolar, na adolescência ela pode desenvolver reações rebeldes e de delinquência ou até uma depressão.
Hoje, estima-se que a população mundial portadora de dislexia é de apenas 5% a 10%, demonstrando assim, ser um transtorno específico e complexo, ao qual a criança deve apresentar um conjunto de sintomas descritos anteriormente.
Dentro do texto de Marion Welchman, destacamos algumas sugestões para auxiliar a criança com dislexia:
- Estabeleça horário para refeições, sono, dever de casa e recreação;
- As roupas devem ser arrumadas na seqüência que irá vestir, para evitar confusões e preocupações à criança (simplificar usando zíper em vez de botões, sapatos e tênis sem cordão, dê preferência ao velcro e camisetas);
- Quando for ensinar a criança amarrar os sapatos, não fique de frente para ela, coloque-se ao seu lado com os braços sobre o ombro dela;
- Como a criança tem dificuldade para reconhecer horas, marque no relógio os horários das obrigações com palavras ou símbolos. Isso evita preocupações;
- Reforce a ordem das letras do alfabeto, dividindo-as em pequenos grupos;
- Ensine a criança a sentir as palavras através de diferentes texturas de materiais como: areia, papel, veludo, sabão e etc.;
- Leia histórias de acordo com o nível de entendimento;
- Providencie para as crianças, lápis e canetas grossos para facilitar o uso e a coordenação motora fina;
- Sempre trabalhe com as crianças o som das palavras e o significado.
O tratamento de uma criança com dislexia deve ser através de uma equipe multiprofissional, médicos, pedagogos, psicopedagogos, neurologista, pediatra, professores e psicólogos.
Para finalizar, devemos sempre incentivar as crianças com reforço dentro daquilo que o seu desempenho é favorável, trabalhando assim sua autoestima. Desta maneira, a criança irá de encontro com o seu potencial percebendo que "o ler e escrever" é importante, porém, que pode obter sucesso em outras atividades como esporte, pintura, teatro, etc.

Fonte de pesquisa:
A.B.D. (Associação Brasileira de Dislexia);

Problemas de Aprendizagem (Elisabeth de Assunção José e Maria Teresa Coelho);

O Fracasso Escolar (Maria Tereza Maldonado)


Postado por:
Carla Polo – Psicóloga da AAMEEP

sexta-feira, 28 de agosto de 2009




Oi pessoal!


Hoje foi dia de comemorar os aniversariantes do mês.


Parabéns e muitas felicidades.

quarta-feira, 26 de agosto de 2009

Ola pessoal,

Estamos falando esse ano, na Oficina, sobre plantas medicinais – Falamos da Espinheira Santa, Camomila, Guaco, etc.

Então, selecionei esse artigo sobre as plantas que gostaria muito de compartilhar com vocês. Espero que gostem.



Abraços

Fatima



As plantas foram desde sempre as companheiras mais próximas do homem, pois, embora possamos sobreviver sem animais, não podemos sobreviver sem plantas. Toda energia do nosso planeta vem do sol e as plantas, pelo processo de fotossíntese, transformam a energia luminosa em alimento e vida para os reinos mais evoluídos da criação no planeta Terra.
Os vegetais são nossos parceiros complementares na ecologia terrestre. Os nossos pulmões inspiram oxigênio e expelem dióxido de carbono; as plantas utilizam o dióxido de carbono que eliminamos e liberam o oxigênio. Neste processo as plantas tem a sublime função de colaborar na purificação dos fluídos densos que estas moléculas de CO2 carregam ao sair de nossos pulmões. O ser humano se alimenta em média três vezes ao dia e respira 26000 vezes diariamente. Isso nos leva a uma reflexão: o nosso principal alimento está no AR. Aprender a respirar corretamente é essencial e é primeiro passo para a obtenção de um estado permanente de saúde. Para aprendemos a respirar corretamente é preciso desviar o nosso olhar que tenta, o tempo todo, corrigir o próximo para corrigir a nós mesmos. As principais plantas aromáticas indicadas para purificar ambientes são: alfavaca ( Ocimun basilicum), menta ( Mentha piperita) e babosa ( Aloe vera).
A beleza de uma planta ou flor, sua forma e fragrância enriquece a experiência humana. O simples fato de olhar para uma planta ou respirar o seu aroma pode ser profundamente terapêutico. O tratamento com plantas destina-se a restabelecer o equilíbrio do organismo como um todo.
A maior parte da humanidade padece de pequenos mal-estares e sintomas de desconforto que a vida quotidiana, distante da amizade, da colaboração, do trabalho em equipe traz. Isso faz com que muitas pessoas passem toda uma existência distraídas com este pequenos males esquecendo-se de concentrar-se na finalidade útil de suas existências. A fitoterapia, ou seja, o uso de plantas medicinais principalmente através do chá é uma das terapias mais indicadas para o tratamento de doenças de médio e pequeno porte.
Será que existe alguma planta ou substância capaz de nos curar de todas as nossas enfermidades ? Apenas o AMOR sentido e expressado na sua forma mais pura e simples pode restabelecer a saúde integral do ser, enquanto não atingirmos este momento nós ainda buscaremos nas formas externas o alivio temporário para as nossas enfermidades.


Maria de Fatima - Pedagoga (coord. Oficina Aquarela)

terça-feira, 25 de agosto de 2009

Artesanatos.

Artigos confeccionados pela Oficina Aquarela.




















Artesanato realizados pelos atendidos da Oficina:

  • Panos de Pratos
  • Caixinha porta-chás
  • Caixinhas porta- treco
  • Quadros personalizados

Entre muitos outros lindos artigos.

Oficina Aquarela

Fotos dos nossos atendidos na Oficina de Capacitação.





Adolescentes e Jovens da Oficina de Capacitação, no periodo da tarde, realizando as atividades!!!










terça-feira, 18 de agosto de 2009

Inclusão escolar: “uma faca de dois gumes”


Conversando com algumas mães que freqüentam a AAMEEP, percebi uma certa tristeza ao se lembrarem de que seus filhos um dia freqüentaram uma sala especial, dentro da própria instituição de ensino. Hoje todas as crianças se enquadram no novo formato da inclusão social, as salas especiais foram extintas e todos são tratados igualmente, mas será que este novo formato de aprendizagem funciona mesmo?
Nosso histórico educacional brasileiro nos revela uma grande, ou não, evolução: Antes do século XX, não freqüentavam as escolas: mulheres, negros, pobres e deficientes físicos e mentais. Assustador não é?
Já no século XX, surgiram as primeiras escolas especiais, ou seja, todos aqueles excluídos começaram a freqüentar escolas específicas.
Na década de 70, sustenta-se a integração, escolas “normais”, começam a admitir alunos “especiais”, porém só dependia do aluno adaptar-se ou não ao método de ensino, o que raramente acontecia.
Finalmente chegamos aos anos 90 com algumas evoluções positivas na educação, então passamos a ouvir sobre a “tal” inclusão social, em relação a inclusão escolar a nova LDB (Lei de diretrizes e base da educação nacional) lei 9394/96, começou a dar relevância e um sentido mais significativo para a inclusão de pessoas com necessidades educativas especiais, baseada na constituição de 1988.
Pois bem, já que há uma transformação positiva, por que é que, profissionais, pais e alunos ainda estão descontentes com o resultado?
A instituição de ensino enfrenta alguns problemas que ainda atrapalham este novo formato de aprendizagem, salas superlotadas, professores despreparados e desmotivados, muitas vezes a culpa não está só na escola, desinteresse dos pais também faz parte do fracasso da inclusão escolar. Precisamos de uma reforma geral no ensino brasileiro, como: redefinir toda estrutura organizacional, rever as grades curriculares, exigir e apoiar que os profissionais da educação se atualizem de forma que possam receber estas crianças de forma digna em sala de aula e uma proposta pedagógica onde a interação escola-família seja o principal objetivo.
O ensino inclusivo respeita as deficiências e diferenças, porém está em fase de adaptação, assim queremos acreditar.
Porém, não devemos desistir nem desanimar, as crianças com necessidades educativas especiais, precisam se sentir sempre amparadas pelos pais. Uma dica muito importante é sempre manter a auto-estima da criança elevada, questione como foi seu dia e quais atividades fez na escola, elogie sempre qualquer ato positivo e nunca, nunca, nunca utilize expressões do tipo: “está tudo errado”, “que feio”, “você não sabe isso?”, não subestime a capacidade da criança, deixe que ela tente fazer tudo o que tiver vontade, com responsabilidade é claro, não a repreenda dizendo “pare com isso, você não consegue”, deixe que ela descubra a melhor forma de executar certas tarefas e procure sempre profissionais que possam auxiliar esta criança paralelamente.


Bruna Ramos
Psicopedagoga·

segunda-feira, 10 de agosto de 2009

Bullying



Bullying

- O que é o Bullying?
- Por que escrever sobre ele?
- Qual a importância do bullying para os pacientes da AAMEEP
?


Quando me pediram para escrever no BLOG da AAMEEP, fiquei pensando sobre o que poderia falar, qual assunto poderia ser de utilidade não só para os clientes AAMEEP mas para outras pessoas que venham acessar nosso BLOG.
A pouco tempo assisti uma palestra sobre bullying e achei um assunto do qual todos nós, (profissionais, pais e alunos) deveriamos estar atentos, não só no cuidado da criança especial.
- “O Bullying é um termo inglês utilizado para descrever atos de violência física ou psicológica, intencionais e repetidos, praticados por um indivíduo (bully ou "valentão") ou grupo de indivíduos com o objetivo de intimidar ou agredir outro indivíduo (ou grupo de indivíduos) incapaz(es) de se defender”. (WIKIPÉDIA)
Ele inclui:
- colocar apelidos - roubar
- ofender - quebrar pertences
- gozar
- humilhar
- fazer sofrer
- discriminar
- excluir
- isolar
- amedrontar
- agredir


- A criança ou adolescente que é vítima do Bullying pode sofrer sérios danos psicológicos e ou até físicos.
Em muitos países o governo tem criado campanhas educativas em escolas para evitar a ação dos autores do Bullying, orientando pais, alunos e professores. No Brasil o assunto ainda tem sido pouco discutido, as vítimas freqüentemente tem medo de falar no assunto e sofrer algum tipo de represália, os pais ficam sem saber o que fazer e as escolas muitas vezes se omitem.

- Geralmente as vítimas do Bullying são pessoas com características físicas ou comportamentais marcantes, que se diferenciam do grupo, não sabem se defender, se sentem inferior aos outros.

O Bullying geralmente ocorre na escola, mas pode ocorrer também no trabalho e pela internet(cyberbullying), ofendendo a pessoa em sites de relacionamento, fazendo filmes caseiros e postando na internet para acesso de todos, ou até descobrindo senhas de computadores e invadindo páginas pessoais.

Para uma ampla discussão sobre essa prática tão prejudicial as nossas crianças, seriam nescessárias varias páginas, não tenho pretenção de esgotar o assunto ou mesmo ditar atitudes. Minha intenção era de apenas colocar o assunto em debate para que fiquemos atentos e possamos proteger nossos filhos e pacientes.

Referências: www.bullying.com.br
www.wikipedia.com


Tópico postado por Fga Ms Helena Della Torre.

quarta-feira, 29 de julho de 2009

A família da criança especial


A família constitui o primeiro universo de relações sociais da criança e pode proporcionar-lhe um ambiente de crescimento e desenvolvimento, como também, pode impedir um avanço saudável de suas crianças. Em se tratando das crianças com deficiência, as quais requerem atenção e cuidados específicos, o papel da família é fundamental em todo seu processo de desenvolvimento. A influência da família no desenvolvimento de suas crianças se dá, primordialmente, através das relações estabelecidas por meio de uma via fundamental: a comunicação, tanto verbal como não verbal. É a família que apresenta o mundo externo social para a criança e, portanto, o mundo escolar será apresentado à criança via família.

O nascimento de uma criança com deficiência na família pode alterar os relacionamentos entre os membros, exigindo dos genitores e de todos os outros membros familiares uma adaptação a esta nova situação. O impacto sentido pela família é muito grande. Alguns autores afirmam que esse momento é traumático, podendo causar uma desestruturação na estabilidade familiar. O momento inicial é sentido como o mais difícil para toda a família e esta tem que buscar a sua reorganização interna, a qual depende de sua estrutura e funcionamento enquanto grupo e, também, de seus membros, individualmente.

A família passa, então, por um longo processo de superação até chegar à aceitação da sua criança com deficiência: choque, negação, raiva, revolta e rejeição, dentre outros sentimentos e reações. A construção de um ambiente familiar mais preparado para incluir essa criança como um membro integrante da família é conseguido aos poucos. Observa-se que quando há apoio mútuo entre o casal, essa tarefa fica mais compartilhada e os genitores conseguem dar um outro significado para a deficiência de seu filho(a), pautado por suas possibilidades. Assim, o ambiente familiar pode contribuir para o desenvolvimento e crescimento da criança com deficiência.

Festa Julina


Nossa Festa Julina foi no último dia 17. Foi um sucesso. Muita gente foi prestigiar, brincar, comer coisas gostosas.......tudo em prol da AAMEEP!!!!

quarta-feira, 24 de junho de 2009

Reflexão sobre o meu, o teu e a responsabilidade.




Nestes últimos tempos, tenho lido muito Françoise Dolto, uma psicanalista francesa de quem gosto e admiro muito. Seu trabalho foi em grande parte com crianças a adolescentes, sendo ela uma referencia da psicanalise infantil.
Dolto conta uma passagem que viveu com seu filho Jean, que na época tinha por volta de 3 anos de idade. Jean tinha ganhado sua primeira arma de brinquedo. ( Não podemos esquecer que Jean nasceu durante a guerra).Aquela arma era a possibilitava a Jean uma identificação com os soldados, heróis da época. Assim, levava a arma para todos os cantos, não se separava dela. Naquele tempo, brinquedos eram caros e difíceis de se conseguir.
Uma tarde,a avó o acompanhou ao parque, e querendo andar no carrossel, não quis deixar que ela segurasse o brinquedo, porque segundo palavras da própria criança, mulheres não seguravam em armas, preferindo deixa-la no chão. Após seu passeio no carrossel, voltou-se para a arma. Para sua surpresa, ela não estava mais lá.
A avó ficou desolada, e esperava que a mãe de Jean ficasse brava, a criança havia perdido o precioso brinquedo.
Chegando em casa , a avó contou o ocorrido para a mãe de Jean, que para a surpresa da avó, não se aborreceu, apenas perguntou se Jean estava aborrecido.
A avó então contou que o menino não tinha ligado para a perda, e que quando a avó tinha dito a ele que perder a arma foi uma besteira, ele retrucou dizendo que não se importava, pois havia uma criança muito feliz por te-la achado. E já que Jean não estava ligando para o ocorrido, porque ela, a mãe, haveria de se preocupar.
Passado alguns dias, Jean pareceu sair de um sonho em que estivera mergulhado por alguns segundos, e disse a mãe que se não tivesse perdido sua arma, poderia brincar de soldado, e ainda completou falando que gostava muito de brincar com a arminha de brinquedo.
A mãe então se volta para Jean e lhe diz, que em uma próxima vez, quando gostar de alguma coisa, terá cuidado para não perde-la. Jean lhe responde prontamente que sim.
O incidente da arma acabava naquele momento, e trazia uma experiencia para a criança, o verdadeiro sentido de um objeto seu, sentia a falta daquilo que gostava, e se ao contrario, fosse repreendido, sentiria somente a culpa de ter feito algo que o adulto desaprovava.
Ao pensar nisso, me recordo da fala de uma mãe, relatando que esconde os brinquedos do filho para que este não os perca. Sua explicação para isso, foi a de não ter que ver seu filho infeliz, ao invés disso, ela os guarda em um local onde ele não tem acesso, e se quiser brincar precisa pedir para um adulto, e ser supervisionado.
Vejo aqui a privação que esta criança vem sofrendo. Esta sendo lhe tirado o direito de ser responsável por seu próprios atos. Ele não sente o que é ter algo dele, pois não decide nada sobre tais objetos, desde a hora de brincar nem o que fazer com eles, como também não os perde. Engraçado pensar que para não perder e se sentir frustrado com isso, ele também é impossibilitado de ter.
Jean possuiu o brinquedo,e teve a oportunidade de aprender o sentido de responsabilidade por seus atos, e também aprender sobre o valor de um bem possuído e perdido. A aquisição dessas idéias é feita ao mesmo tempo em que a da responsabilidade. Antes de adquirir um senso de responsabilidade social, é preciso ter adquirido o de uma responsabilidade individual, com relação a si mesmo e seu próprio bem.
Nem sempre quando pensamos que estamos protegendo nossas crianças, estamos fazendo o melhor para elas, imaginar alguem que não se responsabiliza por seu atos quando esse alguem é uma criança, não nos parece tão estranho, mas imagine agora um adulto.
Experimentar, sentir, amar, perder, viver, é um direito de todos.

Tópico postado po Samantha Goeldi
Samantha é psicóloga, trabalha na AAMEEP desde janeiro deste ano.

quarta-feira, 17 de junho de 2009

Pintura em tecido

Alguns modelos dos produtos fabricados em nossa oficina pelos nossos adolescentes!!!