quarta-feira, 30 de junho de 2010

Postado Maria Olivia - Professora de Música da AAMEEP

sexta-feira, 18 de junho de 2010

A ARTE QUE DESPERTA


Observamos nos meios de comunicação eletrônicos o crescimento do trabalho artístico nas áreas menos favorecidas por lucros exorbitantes anunciados pelos bancos e empresas estatais.

Se alguns jovens insistem em pegar em armas, boa parte deles tem procurado outras opções localizadas no extremo oposto da violência, buscando progredir através da sensibilidade artística.

É assim que vemos inúmeros projetos com a finalidade de renovar a riqueza cultural e emotiva de crianças e jovens particularmente, onde percebemos a música como poderoso instrumento regenerador, uma vez que atinge diretamente a alma.

Felizmente, aos poucos, os empresários vão percebendo que além de obter lucros é preciso assumir compromisso com a comunidade que é usuária dos bens por eles produzidos.

E as leis na escola inclusiva?! (Por Suely Pereira da Silva Rosa)


A Lei de diretrizes e Bases da Educação Nacional já indica o compromisso brasileiro com a escola inclusiva, em que garante a matrícula de todos os alunos em escolas públicas ou privadas. No entanto, não basta a lei. Será preciso dar conta de viabilizá-la, já que mudar a escola é tarefa bastante complexa, na qual se apresentam várias frentes de ação, tais como a qualidade de aprendizagem, o tempo mínimo de escolarização, a manutenção do aluno na escola, os cursos de formação e tantas outras a listar. Neste sentido, cabe um alerta aos governos, que não devem se descuidar da valorização do profissional da educação, que é responsável pela tarefa fundamental da escola - a aprendizagem qualitativa de seus alunos. Há necessidade de se repensar planos de cargos e salários, concursos públicos que dêem conta da necessidade funcional e concursos de remoção. A Declaração de Cochabamba reconhece que além das tarefas técnicas e pedagógicas, esta também é de relevância, a ponto de constar no próprio documento final.

Há de se considerar ainda, que apesar dos esforços governamentais em garantir o acesso à matricula a todos os que estiverem em condições de frequentá-la, isto não torna garantia a universalização do ensino fundamental, já que persistem as altas taxas de repetência e de evasão escolar. Isto significa que nem todas as crianças completam a educação básica, não adquirindo, portanto, uma escolarização que lhes permita acesso ao mundo do trabalho.

Apostar na educação inclusiva é acreditar que seremos capazes de contribuir para uma tansformação social, que trate efetivamente a todos dentro dos princípios de igualdade, da solidariedade e da convivência respeitosa entre os indivíduos. Acreditar no processo de inclusão é viabilizar a possibilidade de se buscar alternativas de permanência d aluno na escola, respeitando seu ritmo de aprendizagem e elevando sua autoestima. É banir em definitivo o hábito de excluir, que tanto tem empobrecido a sociedade brasileira. É reconhecer que somos diferentes, mas que devemos ter s mesmas oportunidades de acesso a uma vida melhor. É permitir que cada sociedade individuo possa entender como se dão as relações de poder na sociedade e possam exercer seu papel de cidadão, enquanto contribuintes, na construção de uma nação solidária. Nossas crianças agradecem!

Postado por Olivia Rossi - Professora de Música na AAMEEP

quarta-feira, 16 de junho de 2010

Autismo como Realidade Social


Por mais que estudemos definição de autismo e todas as suas características, não só o trabalho mas a convivência com essas crianças e adolescentes torna-se uma experiência única, rica e desafiadora.
O texto abaixo é de um autor desconhecido, e na minha visão retrata de uma maneira muito bonita as necessidades destes individuais tão especiais.

Ajuda-me a compreender.
Dá- me ordem e estrutura e não caos.
Não te angustie comigo porque me angustio.
Não permitas que me entedie e permaneça inativo.
Não me invadas excessivamente.
Respeita as distâncias que necessito, porém sem me deixar só.
Faça um esforço para me compreender.
Meu mundo não é complexo e fechado e sim simples
Ser autista é um modo de ser, embora não seja normal.
Vale a pena viver comigo.

Fga. Helena Della Torre dos Santos Galinari
Fonoaudióloga da AAMEEP

terça-feira, 8 de junho de 2010

A FELICIDADE AO ALCANCE DE TODOS, NA FARMÁCIA MAIS PRÓXIMA


Os antidepressivos ultrapassaram a barreira das doenças nervosas e são usados não apenas em casos de distúrbios psicológicos, mas também para atacar enxaquecas, dores crônicas e reumáticas, bulimias, anorexias, ou seja, passaram a se constituir numa saída para tudo que aflija, de alguma maneira, o ser humano. A Organização Mundial de Saúde (OMS) estima que todos os médicos, qualquer especialidade, já tenha receitado, em alguma situação, antidepressivos.

Esse exagero na prescrição está assustando médicos, especialistas, organismos de saúde pública. Boa parte das vezes a receita sai por pressão do paciente, para uso com outros fins, como em regimes de emagrecimento. Outras vezes, porém , é indicado para encurtar tratamentos psicoterapêuticos que seriam longos sem a ajuda de um suporte químico.

A função dos antidepressivos é normalizar o fluxo de neurotransmissores, as moléculas que conduzem os impulsos nervosos e que produzem alguma alteração de humor, têm como substrato químico um distúrbio desse fluxo. Portanto, fora desse diagnóstico eles são muito pouco recomendados.

A comunidade médica alerta que os antidepressivos não devem ser usados indiscriminadamente e nem por tempo prolongado. Sem psicoterapia, a medicação é imprevisível, ou seja, não se sabe exatamente o que os remédios podem causar.

É preciso procurar um psiquiatra para fazer um diagnóstico e jamais tomar os antidepressivos sem orientações e, principalmente, sem o acompanhamento de psicoterapia.

O desejo de uma cura imediata, milagrosa, mágica, esta fazendo com que as pessoas optem por engolir pílulas, sem pensar em suas consequência e danos ao corpo.

Essas drogas devem ser entendidas como coadjuvantes, sendo apenas uma parte do tratamento.

A análise dos sintomas é necessária para encontrar o significado da doença e, a partir daí, intervir nas causas psicológicas do problema. Se o tratamento se restringir a remédios, o alívio é apenas nos sintomas. Uma visão restrita a esse ponto transforma o antidepressivo num mero anestésico emocional.

A ordem de nosso tempo é ser feliz . A felicidade não é algo desejável, mas imperioso. Somos todos encobertos pela cultura que nos manda gozar a vida o tanto quanto pudermos. Aliás , o século XX foi o século da felicidade: ela estava ao alcance de todos, mediante o esforço de cada um. As mensagens não deixam duvidas: aprecie, divirta-se, curta, aproveite, não perca. Tanto que crianças passam a ser criados com o objetivo de serem felizes. Quem não é feliz, é porque fracassou.

A felicidade é convocada a servir de tampão aqui, como justificativa básica da existência. A vida é apenas para ser feliz, ponto final. Ora, cuidado: o que é, exatamente, ser feliz? Quer dizer que a vida de uma pessoa miserável não tem sentido?

A felicidade é pura artificialmente sem que se encontrem significados para ela e para a própria existência.
Fonte: Revista de Psiquiatria 09/2008
Psicofarmacologia de antidepressivos
Baseado na publicação de Ricardo A. S. Moreno, Dr. em Psiquiatria
Dados OMS de 2010
Postado por Samantha Goeldi - Psicológa da AAMEEP