segunda-feira, 13 de setembro de 2010

ARTE QUE DESPERTA


Observamos nos meios de comunicação eletrônicos o crescimento do trabalho artístico nas áreas menos favorecidas pôr lucros exorbitantes anunciados pelos bancos e empresas estatais.

Se alguns jovens insistem em pegar em armas, boa parte deles tem procurado outras opções localizadas no extremo oposto da violência, buscando progredir através da sensibilidade artística.

É assim que vemos inúmeros projetos com a finalidade de renovar a riqueza cultural e emotiva de crianças e jovens particularmente, onde percebemos a música como poderoso instrumento regenerador, uma vez que atinge diretamente a alma.

Felizmente, aos poucos, os empresários vão percebendo que além de obter lucros é preciso assumir compromisso com a comunidade que é usuária dos bens ou serviços por eles produzidos.


E as leis na escola inclusiva?! (Por Suely Pereira da Silva Rosa)


A Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional já indica o compromisso brasileiro com a escola inclusiva, em que garante a matrícula de todos os alunos em escolas públicas ou privadas. No entanto, não basta a lei. Será preciso dar conta de viabilizá-la, já que mudar a escola é tarefa bastante complexa, na qual se apresentam várias frentes de ação, tais como a qualidade de aprendizagem, o tempo mínimo de escolarização, a manutenção do aluno na escola, os cursos de formação e tantas outras a listar. Neste sentido, cabe um alerta aos governos, que não devem se descuidar da valorização profissional da educação, que é responsável pela tarefa fundamental da escola - a aprendizagem qualitativa de seus alunos. Há necessidade de se repensar planos de cargos e salários, concursos públicos que dêem conta da necessidade funcional e concursos de remoção. A Declaração de Cochabamba reconhece que além das tarefas técnicas e pedagógicas, esta também é de relevância, a ponto de constar no próprio documento final.

Há de se considerar ainda, que apesar dos esforços governamentais em garantir o acesso à matrícula a todos os que estiverem em condição de frequentá-la, isto não torna garantida a universalização do ensino fundamental, já que persisitem as altas taxas de repetência e de evasão escolar. Isto significa que nem todas as crianças completam a educação básica, não adquirindo, portanto, uma escolarização que lhes permita acesso ao mundo do trabalho.

Apostar na educação inclusiva é acreditar que seremos capazes de contribuir para uma transformação social, que trate efetivamente a todos dentro dos princípios de igualdade, da solidariedade e da convivência respeitosa ente os indivíduos. Acreditar no processo de inclusão é viabilizar a possibilidade de se buscar alternativas de permanência do aluno na escola, respeitando seu rítmo de apredizagem e elevando sua autoestima. É banir em definitivo o hábito de excluir, que tanto tem empobrecido a sociedade brasileira. É reconhecer que somos diferentes, mas que devemos ter as mesmas oportunidades de acesso a uma vida melhor. É permitir que cada indivíduo possa entender como se dão as relações de poder na sociedade e possam exercer seu papel de cidadão, enquanto contribuintes, na construção de uma nação solidária. Nossas crianças agradecem!


Texto postado por Maria Olívia Rossi - Professora de Música da AAMEEP

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