terça-feira, 2 de março de 2010

O “NÃO” QUE FAZ BEM


Mesmo quando adulto é difícil ouvir um “não” como resposta de algo que desejamos, as vezes dói mas compreendemos, outrora agimos como crianças e nos aborrecemos profundamente, talvez isto ocorra justamente porque em algum momento da vida faltou um “não”.
Quando a criança começa a falar e solta ou reproduz algum palavrão, parentes e amigos acham uma gracinha e o riso é inevitável, porém após certa idade, na adolescência por exemplo, começam a ser repreendidos pelos mesmos que riam da atitude no passado.
Aquela criança que, ao ir ao supermercado chora por querer todas as guloseimas das gôndolas, ao ir ao shopping querem todas as roupas e brinquedos, e os pais com “dó” acabam satisfazendo todas as vontades, após se tornar alguém sem limites financeiros são julgados pelos próprios pais e sociedade em geral.
Hoje em dia podemos perceber que em datas comemorativas como: páscoa, natal, dia das crianças e mesmo aniversário, é comum crianças pedindo presentes exorbitantemente caros e as vezes que nem são apropriados a idade, e mais comum ainda é que os pais se desdobram para atender a estes pedidos.
Isto acontece porque os pais sempre querem o melhor para seus filhos, e acabam tendo certas atitudes para não frustrar a criança ou para não criar a impressão de que aquele pai e aquela mãe só trabalham e não tem tempo de agradar os filhos, na culpa de ausência acabam compensando carinho, afeto, amor e atenção com presentes ou atitudes permissivas de mais.
O “não” as vezes pode doer, mas passa, e quando a criança cresce e se torna um adulto digno de enfrentar todos os “nãos” o resultado é muito melhor.
Nos dias de hoje, nos deparamos inclusive com algumas atitudes extremas que são consequências da falta de alguns “nãos”. Como exemplo, citarei um caso que todos puderam acompanhar em outubro de 2008, em Santo André, um jovem apaixonado pela namorada acabou cometendo um crime, pelo fato da jovem garota “não” querer mais levar adiante um relacionamento, não quero incitar aqui que o crime só aconteceu por este motivo, porém é um caso onde o “não” perturbou uma mente, talvez despreparada para ouvir aquilo. Assista Cazuza – O Filme, e veja o sofrimento de uma mãe que descobriu tarde demais a importância de um “não”.
Porém para que nenhuma dessas situações (das mais simples as mais extremas), aconteçam é muito simples, aprenda a dizer “não”.
Ao dizer “não” explique o porquê e ofereça outras formas de compensar aquilo, se faltou tempo para estar ao lado do seu filho compense nas horas vagas, com atitudes e palavras de afeto, ele poderá não entender no momento, porém no futuro você irá se orgulhar e ele lhe agradecer.


Postado pela Psicopedagoga Bruna Graziela Ramos.

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